Todo espaço tem uma função. Todo ambiente tem uma função. Tem uma necessidade do uso.

E baseado nas funções, nas necessidades, nos usuários, nos recursos, é como um projeto se molda e se define.

Para um hall de entrada. O que um hall precisa ter? O que é necessário ter para o espaço ser funcional? Qual a função desse espaço? É só uma passagem de acesso, de circulação? É uma possível “sala” de espera para quem chamou de um taxi? Ou para receber alguém de forma mais rápida para entregar alguma coisa, por exemplo? O que faz um hall atrativo, convidativo para quem chega? Para quem circula.

E quando faço um projeto principalmente de reforma, a pergunta é, em qualquer ambiente, o que incomoda? Qual é o problema?

Separei esse caso para falar um pouquinho.

Quando fiz o levantamento de informações para entender o que era necessário, o que incomodava, a primeira resposta foi o ambiente que precisa modernizar, nunca sofreu nenhuma intervenção. A outra resposta foi não gostamos desse lustre, se referindo ao que existia, Sim, era grande, desproporcional e ainda antiquado para alguns. Sim ele era um trambolho nesse espaço.

Um outro problema que foi identificado a existência de uma janela que dá para o externo e está ali nesse ambiente desequilibrando a composição, mas que não pode ser removida. Precisava uma solução para ela. Enfim.

Bem as soluções ficaram só no papel. O condominio não queria invetir financeiramente no projeto. Queria uma ideia! Uma ideia também é meu trabalho! Enfim.

Mas resolvi desenvolver até para me desafiar, como eu resolveria, qual seria a solução que daria? E assim fiz. Vou descrever como seria a proposta que eu apresentaria, embasada nos desejos e necessidades.

O tema orquídea foi a inspiração do projeto.

O processo criativo foi a partir desse tema. Inspiração e processo criativo costumam estar conectados.

A situação do espaço, as necessidades, o tema fizeram parte da inspiração e do processo criativo.

Como foi feito? A partir do tema comecei um brain storm, formas, cores, movimento, texturas, o local, dimensão, o que tinha que permaneceria, o que poderia harmonizar com o que ficaria? Quais seriam os elementos que poderia acrescentar. Enfim.

A forma da orquídea é bem particular, peculiar. Seu caule e raiz um pouco retorcido, ao mesmo tempo delicado. Suas cores fornece uma paleta muito original e requintada. Sofisticada.

A partir dai pensei nas soluções.

A primeira seria como “camuflar” a janela? No processo criativo surgem muitas ideias.

Escolhi criar um painel semiaberto, semifechado, móvel. Algo similar a uma persiana, porém sua forma inspirada na orquídea.

Na parede oposta um painel feito na massa com o desenho do tema, a orquídea, e pintado na cor da paleta.

E no fundo, que é a frente para quem chega, uma parede de espelhos. Teria a função de criar um pouco mais de profundidade e também reproduzir as imagens nas paredes em perpendiculares, tanto do painel na frente da janela quanto do painel quanto desenhado a orquídea.

É importante que se tenha um porquê para as escolhas e uma justificativa.

O resultado deve atender aos desejos e premissas.

Nesse caso desse ambiente deveria ser algo mais contemporâneo, mais informal e ao mesmo tempo apresentar um certo requinte.

Quanto ao mobiliário foi elencado apenas o mínimo necessário. Duas cadeiras em um modelo mais leve, com estruturas mais finas e delicadas, porém confortáveis, com assento em tecido floral com cores da paleta.

Para esse hall, somente essas duas cadeiras já bastariam.

Tudo que foi pensado atenderia a necessidade, resolveria os problemas.

Sempre enfatizo que cada situação, cada ambiente e usuários são únicos, portanto, cada resultado será único também. Até mesmo um hall de entrada.

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